As aranhas são artrópodes do Subfilo Cheliceriformes e pertencem à Classe Arachnida, que abrange também os escorpiões, opiliões, ácaros, e pseudoscorpiões dentre outros. As principais características são os quatro pares de pernas, o corpo dividido em duas regiões, o prossoma (ou cefalotórax) e o opistossoma (ou abdome), e a presença no prossoma de quelíceras e pedipalpos. As quelíceras são estruturas em forma de pinça que participam da captura de presas, os pedipalpos têm primariamente a função sensorial.
As aranhas possuem dimorfismo sexual, isto é, o macho possui características morfológicas diferentes em relação à fêmea, neles, o ápice do pedipalpo é modificado em órgão copulador, de forma que a fecundação é interna, porém, indireta. O desenvolvimento é direto, o número de mudas exigido para atingir a maturidade sexual varia de acordo com a espécie. A temperatura é um dos principais fatores controladores primários na determinação do padrão de ciclo de vida.
Isso significa que espécies de regiões temperadas podem passar o inverno inteiro na forma imatura e, quando o verão começa, elas atingem a maturidade sexual. As aranhas têm duas estratégias básicas de predação, sendo tecelãs aquelas que utilizam a teia na captura de presas, e as caçadoras que empregam a visão ou a percepção de vibrações no substrato onde estão para localizarem suas presas. As presas mais comuns das aranhas são os insetos.
Com exceção das espécies pertencentes às famílias Uloboridae e Heptathelidae, todas as aranhas são consideradas animais peçonhentos por possuírem glândulas secretoras especializadas na produção de uma substância tóxica e possuírem aparelho inoculador desta, constituído pelos ferrões das quelíceras. O maior número de acidentes causados por esses artrópodes ocorre nos meses frios, provavelmente devido à sua procura pelo abrigo oferecido no interior doméstico.
A maioria dos acidentes pode ser evitada, pois ocorrem no peridomicílio e no interior da residência, normalmente devido a alguns descuidos. As medidas preventivas baseiam-se muitas vezes no controle ambiental. Deve-se atuar nas condições de abrigo e alimento destes animais. O uso de defensivos químicos deve ser utilizado sempre com muita precaução assim como outras formas de combate.
• Tratamento localizado: O tratamento localizado ocorre através da aplicação de calda inseticida diretamente nos esconderijos e abrigos dos insetos localizados nas pequenas frestas, reentrâncias, rachaduras, gretas e nicho existentes nas superfícies, através de pulverizadores manuais, visando principalmente o extermínio das baratas, aranhas e escorpiões.
• Pulverização: Um dos métodos de controle usado contra aranhas é o da pulverização. Inspeção é o primeiro passo, nesta deve-se avaliar o grau, tipo e local de infestação. Após a inspeção, começar a aplicação pela pulverização nas possíveis áreas de infestação dessa praga.
A pulverização consiste em aplicar produto líquido em toda a área do chão, alto da parede e no meio de entulhos. Pode-se aplicar o produto líquido com a atomizadora, dependendo do grau de infestação. Essa aplicação visa atingir partes que na pulverização normal não atinge. Os aracnídeos percebem o ambiente infectado por praguicidas, e recolhem-se em suas tocas. As ações educativas orientadas nas áreas de risco constituem-se na melhor das medidas de prevenção de acidentes.