Os cupins são animais da ordem Isoptera e, como indicam os registros fósseis, estes animais habitam o nosso planeta há pelo menos 250 milhões de anos. São representados por 3000 espécies de cupins no mundo, 290 registradas no Brasil, e somente 4 destas potencialmente sinantrópicas, ou seja, vivendo próximas de moradias humanas.
São insetos de organização social com papel importante como decompositores, reciclando matéria orgânica e aerando o solo quando constroem galerias. Alguns cupins, no entanto, pelo hábito de comer madeira e se alimentarem das raízes das plantas de interesse do homem, podem causar problemas na produtividade das plantações e nas construções civis. São popularmente conhecidos por siriris ou aleluias.
Os ninhos construídos no interior de madeiras secas ocorrem causam transtornos à sociedade humana ao infestar móveis, casas e outras construções, trazendo prejuízos econômicos, além de danos históricos. As espécies de cupim que habitam mobílias e madeiras em geral instalam-se em cavidades interligadas que produzem. A estrutura da madeira se torna tão fina que se quebra com facilidade. Sempre há também orifícios circulares que ligam as cavidades com o exterior. Os principais materiais usados na construção desses ninhos são partículas de solo e/ou madeira, material fecal e saliva, em diferentes proporções.
Na primavera, quando o ar está mais úmido, geralmente após uma chuva, machos e fêmeas enxameiam, ou revoam e, chegando ao solo, perdem as asas e formam os casais reais. Então, num pequeno buraco ou depressão próximo à uma madeira ou escavando uma câmara no solo, copulam, a rainha põe ovos e iniciam um novo ninho. Logo a população de operárias e soldados que destes nascem iniciam suas funções.
Os cupins são insetos que apresentam metamorfose incompleta, ou seja, o estágio imaturo não difere muito do estágio adulto, no que diz respeito à forma e preferência alimentar. O ciclo de vida desses insetos compreende os ovos, formas jovens (ou ninfas) e adultos. Como possuem exoesqueleto rígido de quitina e proteínas, os insetos sofrem ecdise, o que significa que constroem um novo exoesqueleto maior e descartam o antigo, menor para poderem crescer e aumentar de tamanho.
As técnicas de prevenção para cupins subterrâneos visam proteger as estruturas, como é o caso de construções. Esta prevenção inclui barreiras físicas, tratamento da madeira e controle da população de cupins através de iscas.
Para o controle de cupins de madeira seca, primeiramente é preciso a identificação correta da espécie infestante, pois a sua infestação é em menor número de indivíduos em comparação aos cupins subterrâneos. Entretanto, com o passar do tempo, a proliferação da colônia pode dar origem à várias outras colônias.
A melhor forma de evitar problemas com infestações de cupins é a dedetização preventiva de móveis e construções, que consiste na aplicação de substâncias que repelem ou matam os insetos que entrarem em contato com o material.