Dicas

Biblioteca de Pragas - Percevejos

A ordem Hemiptera é constituída por cerca de 82.000 espécies com metamorfose incompleta, o que corresponde de 8% a 10% do total de insetos identificados. Dentre os insetos da ordem Hemiptera mais conhecidos estão os percevejos, barbeiros, maria-fedidas e barata-d’água. Muitas espécies sofrem mudanças de cor e estruturas morfológicas durante o desenvolvimento, dificultando a sua identificação, o que dificulta a identificação da espécie de Heteroptera através dos imaturos. Na maioria das vezes, é necessária a criação até a forma adulta ou a coleta de ovos e ninfas associadas com os adultos para uma identificação segura.

Alguns percevejos são considerados “pragas” de plantas cultivadas, podendo resultar em danos a estas plantas, por sugarem da seiva e os cloroplastos, pela entrada de patógenos pelo corte feito para alimentação do percevejo e pela ação tóxica da saliva destes insetos. No entanto, muitos possuem uma importância ecológica garantindo o equilíbrio ambiental. Muitos percevejos são úteis porque predam insetos nocivos às plantas. Outros possuem importância médica e veterinária; como os representantes da subfamília Triatominae, à qual pertence o barbeiro, transmissor da doença de Chagas; da família Cimicidae, à qual pertence o percevejo da cama Cimex lectularius e outros hematófagos de aves e mamíferos.

Ocorrem em quase todos os tipos de hábitats, inclusive na superfície de águas oceânicas a uma grande distância da costa. A maioria dos hemípteros são fitófagos, mas muitas das suas espécies são predadoras de outros insetos. Outros se alimentam de sangue de vertebrados e são de grande importância médica. Muitas espécies vivem no solo, sobre plantas, nos pântanos, nas habitações e até como ectoparasitos de morcegos.

Os insetos se tornam pragas quando conflitam com o bem estar, estética ou prejudicam os lucros comerciais do homem. O controle destes insetos pode ser feito tanto por controle biológico, quanto pelo uso de produtos químicos. Vale prestar atenção também para a época de plantio e ciclo da cultivar, pois toda lavoura de soja, por exemplo, que permanecer em maturação por um período além do normal para a região tende a atrair os percevejos de lavouras vizinhas já colhidas.

Métodos de Controle

Controle Químico: Os grupos químicos mais usuais e efetivos no controle dos percevejos são os Organofosforados (como por exemplo Acefato Fersol 750 SP), piretróides (Fastac 100 EC), carbamato (Carbaryl Fersol 75 DP) e fenilpirazol (Klap 200 SC). A utilização dos inseticidas para a espécie Dichelops melacanthus (percevejo barriga-verde) pode ser feita através da pulverização ou até via tratamento de sementes com inseticidas sistêmicos.

Controle Alternativo:

• Uso de plantas armadilhas: De uma maneira geral, os percevejos são atraídos por leguminosas. Assim, podem-se eliminar os insetos diminuindo a sua população antes que eles dispersem pela lavoura.

• Uso de estacas armadilhas: Outra medida de manejo dos percevejos é o uso de estacas com estopas embebidas em uma mistura de inseticidas com sal. Estas estacas, chamadas iscas tóxicas, são colocadas a uma altura acima da copa ou região das folhas das plantas, fazendo com que os percevejos se desloquem para este local.

• Manejo da serra pilheria (palhada):

O percevejo marrom passa cerca de sete meses do ano sob a palhada seca na superfície do solo em diapausa, como por exemplo, embaixo de folhas caídas de mangueiras, cafeeiros e feijão guandu. Recomenda-se examinar as palhadas e ao constatar os percevejos, estes devem ser eliminados, enterrando a palhada ou aplicando inseticida nos focos de infestação.

Recomenda-se examinar as palhadas e ao constatar os percevejos, estes devem ser eliminados, enterrando a palhada ou aplicando inseticida nos focos de infestação.

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