A presença de Columbídeos em áreas urbanas tem duas origens: uma, mais recente, em função da devastação de seus ambientes naturais de ocorrência, o que levou esses animais à procura de locais com maior oferta de abrigos e alimentos; outra é a domesticação de pombos, prática que já se iniciava há cerca de 5.000 anos pelos povos asiáticos. Dessas espécies presentes em áreas urbanas a Columbia livia, popularmente conhecida como pombo-doméstico, se destaca por sua grande proliferação e também por trazer prejuízos na convivência direta com o homem, sendo assim considerada animal sinantrópico.
Essas aves abrigam-se e constroem seus ninhos em locais altos. Essa característica facilitou sua instalação nas cidades onde se encontram prédios, torres de igrejas, forros de casas, entre outros. Além disso, alimentam-se principalmente de grãos e sementes, mas também podem reaproveitar restos de alimentos e lixo, o que faz das cidades locais com ótimas ofertas de alimentação. Com tantas condições favoráveis à sua proliferação, os pombos têm apresentado populações muito numerosas em diversas cidades, tornando-se assim alvo de preocupação ambiental e de saúde pública.
Em seu ambiente natural, os pombos podem viver em média até 15 anos, porém nas cidades vivem em média de 3 a 5 anos apenas. Isso ocorre pelo fato de sua alimentação nas cidades ser composta por restos encontrados em lixos e/ou farelos de comidas processadas pelo homem, tais como pães e biscoitos, produtos com composições muito diferentes dos encontrados naturalmente por esses animais.
Os pombos, por serem animais sinantrópicos, podem transmitir algumas doenças e acarretar grandes desconfortos e transtornos ao homem.
São patologias causadas por pombos:
Criptococose: É transmitida pela inalação da poeira contendo fezes secas de pombos e canários.
Histoplasmose: Transmitida pela inalação do esporo do fungo Histoplasma apsulatum encontrado em fezes secas de pombos e morcegos.
Salmonelose: Causada pela ingestão de ovos ou carne contaminados pela bactéria Salmonella sp presente nas fezes de pombos e outros animais.
Ornitose: Também conhecida como psitacose, é transmitida por via oral por meio da poeira contendo as fezes secas de pombos.
Dermatites: Parasitose causada pelo piolho do pombo, que provoca erupções na pele e coceiras semelhantes às de picadas de insetos.
Alergias: Ocasionadas pela inalação de penugens de pombos ou de um ar rico em poeira das fezes dos pombos.
Os mecanismos de controle consistem em evitar alimentá-los; não deixar frestas entre telhas, pois os pombos podem entrar por estas frestas e construir suas ninhadas; restringir áreas onde os pombos pousam e espantar os animais existentes no local. Alimentar os pombos, além de ser um estímulo para que sua população cresça é um estímulo negativo à natureza do animal, pois isso o deixa desestimulado a procurar alimentos na natureza, como sementes e insetos; prejudicando no replantio de plantas e controle de insetos, além de diminuir o tempo de vida dessas aves.
Frestas em telhados, principalmente de lugares altos, são portas de entrada para pombos e outras aves que se adaptaram a viver em ambientes urbanos. Os pombos preferem lugares altos para poderem observar o ambiente em que vivem e para obtenção de comida. As colônias produzem uma quantidade muito grande de fezes, as quais servem como ótimos lugares para abrigar bactérias, fungos e alguns vírus, podendo transmitir várias doenças como.
Estratégias adotadas para evitar o pouso dessas aves são: